domingo, 3 de maio de 2020

Arandu Arakuaa - Kó Yby Oré (2013)



Gênero: Folk Metal
Ano de lançamento: 2013
País: Brasil (Brasília, DF)
Download mediafire MP3 320 kbps

NáJila Cristina Vocals, Maraca
Zândhio Aquino Guitars, Viola caipira, Keyboards, Maraca, Vocals (tribal)
Saulo Lucena Bass, Maraca, Vocals (backing)
Adriano Ferreira Drums, Percussion

Resenha: 80 Minutos

"Ao sermos iniciados ao mundo do hard rock e heavy metal, descobertas são quase diárias, e com o passar dos anos as grandes surpresas dissipam como um grande rio que se afunila...

No final de 2015 navegando por esse rio estreito, tive contato com a Arandu Arakuaa através do site de heavy metal (whiplash). Eles tinham acabado de lançar o disco Wdê Nnãkrda e a matéria falava sobre o recente vídeo de Hêwaka Waktû.
Admitido que fui fisgado na mesma hora pelo pesado som indígena do grupo brasiliense. E também surpreso ao ouvir viola caipira, apitos, maracas e outros instrumentos não convencionais ao rock.

Apesar de não ser a pioneira em misturar música indígena com metal (o Sepultura já fez isso em Roots) O grupo de Brasília foi mais a fundo, tanto no som, quanto nas letras, cantadas em Tupi Guarani. Alem da exótica mistura de thrash, folk, música indígena e algumas porções de sons nordestinos.

Faixas em destaque :

"T-atá Îasy-pe" tem uma poderosa introdução de caixa e um ritmo mezzo industrial na guitarra, surpreendendo o ouvinte de cara, para progredir num thrash ou groove metal típico dos anos noventa.
Após o solo, a canção "quebra" gerando um efeito bem interessante e peculiar no som dos brasilienses, o choque entre o peso thrash com partes acústicas tocadas na viola.

"Aruanãs" segue o mesmo fluxo, após os riffs densos de guitarra e baixo, as partes acústicas voltam a atuar em conjunto com o vocal de Nájila Cristina.
Mas não se enganem! pois esse é outro contraste em Kó Yby Oré, a mescla entre o vocal limpo com o gutural.
No solo, Zândhio Aquino tira da manga uma cartada genial ao misturar música nordestina em sua viola. Mudando completamente o caminho da obra com uma textura que encaixa perfeitamente na proposta, preparando a volta "sepulturistica" no desfecho da melhor canção do disco.

"Tupinambá" combina o doom com a modernidade do new metal, intercalando um peso absurdo com a voz suave de Nájila aos refrões. Frisando que essas nuances dão um sabor especial ao trabalho.

"Îakaré 'Y-pe" tem uma riqueza harmônica impar e se desloca tomando outro rumo, dando um "respiro" ao ouvinte.
Tudo é feito com arranjos delicados de viola caipira e uma vibração quase infantil, fico imaginando as crianças brincando de roda ao som de "Îakaré 'Y-pe".
Vale conferir o vídeo feito com arte aquarelada (traduzido) que pode ser conferido no youtube.

Quer fugir do convencional? então venha para o mundo desse legitimo representante do metal indígena."

1. T-atá îasy-pe
2. Aruanãs
3. Kunhãmuku’i
4. A-kaî T-atá
5. O-îeruré
6. Tykyra
7. Tupinambá
8. Îakaré 'y-pe
9. Auê!
10. A-î-Kuab R-asy
11. Kaapora
12. Gûyrá
13. Moxy Pee Supé Anhangá

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